
A proposta de reajuste salarial do servidor público municipal deve ser votada pelos vereadores na sessão da próxima terça-feira (20), após nem ser apresentada nesta semana mesmo com o pedido de urgência feito pelo prefeito Gustavo Martinelli (União). O sindicato da categoria aguarda a decisão dos vereadores sobre o assunto e reforça a preocupação com o prazo para os benefícios serem aplicados.
“A folha de pagamento fecha na próxima semana, será que já vai vir o valor? Quem tem que arcar com a responsabilidade é a istração municipal”, diz Márcio Cardona, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jundiaí (SindSerJun). Ele destaca ainda que a negociação com a prefeitura começou há meses e que convidou os próprios gestores a participarem da assembleia com os servidores e explicarem os motivos das propostas de reajuste não serem próximas ao que foi solicitado.
A participação do vice-prefeito e de gestores na assembleia foi criticada por vereadores, bem como o horário em que foi realizada, e ao ser questionado, Cardona afirma que pediu aos representantes da Prefeitura que não permanecessem durante a votação, o que foi atendido. “Assim o servidor teve a oportunidade de escolher e se manifestar. Tivemos 60 pessoas participando e 17 escolheram uma opção, que é receber o reajuste e aumento no cartão alimentação de uma só vez. A maioria venceu”, garante, lembrando que havia a proposta do valor do benefício ser dividido em duas vezes e houve um grupo de servidores que não aprovou nenhuma das duas opções.
Valorização
Cardona reconhece que a proposta não está de acordo com a valorização prometida para os servidores, mas destaca que foi aceita pela maioria. Sobre a polêmica na Câmara na sessão da última terça-feira (13), o presidente diz que ainda não foi procurado por vereadores e provoca: “Eles precisam ir cobrar o Prefeito. Foram convidados para participar das atividades aqui com os servidores mas não vieram”. Agora, ele aguarda a votação para saber como os parlamentares vão se posicionar. “Em especial porque a proposta que foi para a Câmara leva junto um benefício para os gestores. Para os servidores não foi possível melhorar valores, mas para os cargos comissionados que já ganham bem, sim. Com estes ‘penduricalhos’ eu não concordo”, posicionou-se. Há a proposta de criar 13º salário para gestores e cartão alimentação, que também deve ser votada na próxima sessão.
A vereadora Quézia de Lucca (PL) já informou que vai se colocar contra se a proposta continuar da forma que está. “Para o servidor não tem dinheiro, mas para benefícios para os secretários têm. Estou ao lado da categoria, não é oposição ao governo. Quando estava do lado da antiga gestão, também votei contra porque não concordei com o valor oferecido”, disse. Já Mariana Janeiro (PT) está organizando uma reunião na segunda-feira (19) com servidores às 18h30 no Clube 28 de Setembro, no centro. Ela explicou que o objetivo é dialogar sobre as propostas diretamente com quem será impacto.
A prefeitura foi procurada para comentar sobre os valores oferecidos e os prazos para votação e aplicação nos vencimentos, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
Comentários
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Antônio Carlos da Silva 16/05/2025Inflação ano ado foi 14, 26 por cento, então o mínimo seria a inflação.