
O PSD deve ter nomes ligados à região para as eleições de 2026, como o ex-prefeito de Cajamar, Danilo Joan, que já afirma suas intenções, e o prefeito de Várzea Paulista, Rodolfo Braga, que em abril começou a ser sondado para o pleito. O partido tem se consolidado como um dos que mais crescem, visto que foi a legenda que mais elegeu prefeitos pelo país em 2024 e tem sido procurado para filiação de políticos que querem espaço e força para as disputas do próximo ano, como Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que deixou o PSDB.
A positividade em volta da sigla está ligada ao seu comandante, Gilberto Kassab, elogiado por seus filiados. “Seus movimentos de bastidores e a aliança com o governador (do Estado de São Paulo) Tarcísio (de Freitas, do Republicanos) foram fundamentais para esta alavancada do PSD”, diz Danilo Joan, que confirma estar pleiteando sua pré-candidatura para a Assembleia Legislativa. “Quero representar mesmo a região”, afirma, lembrando que há anos não tem um deputado estadual que seja de uma das cidades próximas de Jundiaí.
Para o presidente do PSD jundiaiense, José Galvão Braga Campos, conhecido como Tico, a proposta de ter um nome que represente a região é positiva. “Tem que ter compromisso de verdade com Jundiaí. Temos que eleger com qualidade”, reflete, lembrando que ainda não há nomes fechados. Ele diz que o partido tem sido ‘atraente’ e vem crescendo graças à sua direção. “Kassab tem uma boa liderança e o PSD sai do extremismo, nem PL e nem PT. Tem muita conversa com os partidos que estão mais ao centro”, considera, lembrando que o presidente nacional busca esta outra vertente.
Tico também diz que o trabalho nos bastidores políticos feito por Kassab promete mais força ainda ao partido, o que tem feito a sigla ser a ‘queridinha’ entre quem busca espaço e força, como Eduardo Leite, que deixou PSDB após ver os tucanos não terem representatividade nas últimas eleições. “Muitos nomes devem se filiar ainda e por termos um tamanho considerável, atrai mesmo”, considera.
Cenário Nacional
O PSD ainda deve ter outros governadores se filiando, como o Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, que fará o mesmo que Leite: deixará o PSDB. Se a mudança for oficializada, o partido de Kassab ará de dois mandatários estaduais para cinco e derrubará de vez os tucanos, que tinham justamente os dois nomes que se desfiliaram.
Além de Riedel, ainda está em negociação a filiação de Paulo Dantas, de Alagoas, que está no MDB.
No cenário nacional, o objetivo do PSD é lançar um nome para disputar a presidência do Brasil e por isso está filiando tantos políticos de peso. Atualmente, Eduardo Leite e Ratinho Júnior, governador do Paraná disputam internamente como pré-candidatos à Presidência.