POLÊMICA

Reajuste dos servidores é aprovado em meio à sessão tumultuada

Por Marília Porcari |
| Tempo de leitura: 2 min
Samuel Silva / Jornal de Jundiaí
Público pedia para vereadores votarem contrário ao projeto para que a negociação do aumento salarial continuasse
Público pedia para vereadores votarem contrário ao projeto para que a negociação do aumento salarial continuasse

Com muito barulho, faixas e cartazes, a proposta de reajuste salarial do servidor público em 5,32% foi aprovada por 15 votos, apenas Henrique Parra, do Cardume (PSOL), Mariana Janeiro (PT) e Quézia de Lucca (PL), foram contra.

Os servidores compareceram e lotaram a Câmara. Novamente teve fila e proibição de entrar no plenário, que alcançou capacidade máxima. Os funcionários públicos gritavam sobre o reajuste ser ‘autoritário’ e os vereadores Quézia de Lucca (PL) e Juninho Adilson (União) discutiram. Foi necessária a intervenção do presidente Edicarlos Vieira (União).

Quézia afirmou que cobraria a istração por ter prometido melhorias aos servidores e não estar cumprindo. Juninho, que é líder de governo, defendeu e lembrou que na gestão anterior não houve nem aumento.

O presidente da Câmara pediu que Quezia não interrompesse o colega e reforçou ao público a necessidade de respeito e silêncio. As manifestações populares foram intensas, mas os vereadores conseguiram expor suas opiniões.

Mariana explicou que realizou uma reunião com mais de 100 servidores e conversando com eles decidiu seu voto, que seria contrário. “A gestão teve um gesto concreto de colocar as pautas sociais, mas não concordamos com a questão financeira”, afirmou, se dirigindo ainda aos funcionários públicos: “Vocês colocam a cidade em pé”.

Parra acompanhou a petista no voto e lembrou: “Este trabalho começou há oito anos, quando os servidores não tiveram reajuste real. Inclusive a população foi colocada contra o funcionalismo, porque era falado que se desse aumento para a categoria, os serviços públicos seriam prejudicados”. Ele ainda observou que a valorização do servidor tem que ser cobrada e que o orçamento deixado pela gestão anterior não previa o reajuste ao servidor.

Votos favoráveis

Juninho Adilson também falou que o legado deixado pela antiga istração é um grande problema. “Gastaram com marketing ou com parques e não cuidaram da saúde financeira”, avaliou.

Também defendendo seu voto favorável, Rodrigo Albino (PL) disse que fez um acordo com o prefeito. “Mediante o que foi apresentado, as condições financeiras do município, vou dar a chance para ele”, ressaltou, se comprometendo a cobrar que haja melhorias aos servidores quando for possível.

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