
Com objetivo de criar condições para que famílias em situação de vulnerabilidade social consigam superar a pobreza, o programa SuperAção SP, lançado nesta terça-feira (20) pelo Governo do Estado de São Paulo foi avaliado positivamente pela gestora Luciane Mosca, da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS). O objetivo é atender 105 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Ela esteve em gravação para o Podcast JJ, ontem (21), e comentou sobre a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “O Estado de São Paulo, por meio de uma escuta bastante qualificada dos municípios, que é quem ‘fica com a conta’, começou a entender que é preciso mais ações. Não dá para a assistência social sozinha dar conta do caos da cidade. O governador foi muito feliz em olhar para isso e ver que temos um tripé social para cuidar dentro das políticas assistenciais, e não assistencialistas, sobretudo com esta mudança de olhar”, disse.
O programa SuperAção SP foi elaborado a partir da análise de mais de 60 iniciativas bem-sucedidas de combate à pobreza ao redor do mundo e do diálogo com as principais referências globais sobre o tema, o programa vem sendo construído há mais de um ano para atender as necessidades das famílias paulistas em situação de vulnerabilidade e, durante o lançamento, o governador destacou que além de renda, o mais importante é garantir o direito ao trabalho e à emancipação, pontos que Luciane avalia como essenciais.
“Estamos falando de famílias com renda abaixo de R$ 218,00 per capita, que precisam ser primeiramente acolhidas para posteriormente terem oportunidade de auto-sustento”, ela explica. A gestora afirma que este enfrentamento à pobreza, oferecendo condições às famílias de serem amparadas e posteriormente se sustentarem, é o que melhora toda uma cidade. “Políticas públicas consolidadas e integradas com olhar na lógica de garantir direito e emancipar fazem com que município todo seja muito mais desenvolvido”, afirma.Programação
O SuperAção SP reúne 29 políticas públicas de diferentes secretarias em uma jornada completa de atendimento às famílias. Cada núcleo familiar recebe um plano de desenvolvimento individualizado, com acompanhamento técnico, definição de metas e apoio contínuo para alcançar a autonomia e superar a pobreza. Tudo isso sem abrir mão de garantir assistência imediata às pessoas que mais precisam.
O programa foi concebido como uma política pública estruturante para o atendimento em ondas, com possibilidade de expansão gradual. Nesta primeira o objetivo é atender 105 mil famílias em situação de extrema pobreza no Estado. Para isso, será realizada uma busca ativa no CadÚnico. Os agentes de superação irão localizar essas famílias, apresentar o programa, explicar seu funcionamento e objetivos. A partir dessas informações, caberá à família decidir se deseja ou não aderir ao programa. Em Jundiaí, há cerca de 40 mil pessoas no CadÚnico.
Para Luciane, se a proposta for bem aplicada, a transformação para as famílias em vulnerabilidade poderá ser percebida por todos. “Quando estas pessoas, que um dia foram produtivas, ou os jovens que nem tiveram o à oportunidades, tiverem luz sobre possibilidades, de que também podem ter o, aí começa uma mudança de fato, cultural, social e coletiva”, finaliza.