
Com um histórico de sete acidentes que atingiram as águas do Parque Botânico Tulipas, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) já havia encaminhado ofício à Prefeitura de Jundiaí em 2019 e 2020 recomendando que a drenagem de águas pluviais do bairro fosse desviada e não fosse para o lago, ou que realizasse a implantação de um sistema para contenção de águas pluviais e de resíduos e poluentes. A reportagem do Jornal de Jundiaí teve o a estes documentos que foram entregues à Prefeitura de Jundiaí. A Prefeitura também tem intenção de ar para a iniciativa privada os parques de Jundiaí.
Estas obras não foram realizadas na época e, neste ano, mais uma vez, as águas do Parque foram contaminadas, após um acidente com um caminhão que transportava corante derramar um produto, atingindo o local no dia 13 de maio. Agora a área precisará ar por um grande processo de limpeza total e mudança no curso das águas pluviais.
O gestor da pasta de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcos Galdino, explicou que o corante decantou e está depositado no fundo do lago. “A água está transparente, mas ainda vemos o azul na areia. Agora vamos drenar o local, deixar só um curso d’água e desassorear, retirando o máximo do que conseguirmos do produto”, ele explica.
Ainda está no planejamento urgente a realização da obra sugerida pela Cetesb. “Não iríamos fazer isso agora, porém, com o acidente, vamos colocar um fim neste problema, não vamos repetir o erro. Hoje não temos recursos financeiros, mas vamos fazer. Quando foi apontado anteriormente, na outra gestão, havia verba e não quiseram investir. Agora novamente teve problema, os animais e o meio ambiente foram atingidos. Cabe a nós, que estamos há cinco meses na istração da cidade, resolver de vez”, diz.
Para que a Prefeitura consiga fazer estas obras, Galdino planeja envolver também a concessionária que istra a Rodovia Bandeirantes, local que também já foi palco de acidentes e que resultaram em ocorrências de contaminação no Parque. “Vamos fazer uma caixa de contenção para que a água e ao lado do local e não vá diretamente para o lago”, planeja o gestor, com uma proposta que vai de acordo com o que a Cetesb já havia sugerido. “Houve também a proposta de retirar o lago, que é artificial. Mas não achamos interesse até porque ele serve como um regulador para evitar enchentes na região. Quando chove muito, ele represa a água. Sem falar que é mais bonito ter um lago do que só um fio de água ando pelo parque”, afirma.
Concessão dos parques
Marcos Galdino ressalta que visitou o parque e já viu novamente patos no local. Com as obras, medidas para garantir que os peixes encontrados no lago sejam cuidados serão tomadas e os animais que surgirem podem ser levados para outros parques. Com o acidente, muitos peixes morreram e apenas um pato foi vítima fatal, conforme o gestor informou.
Ele garante que o Parque do Tulipas será revitalizado, bem como os outros 11 da cidade, mas com a dificuldade financeira que a Prefeitura enfrenta, a gestão está elaborando proposta para realizar concessão para iniciativa privada. “Hoje os custos são altos para manter os parques. Só com vigias, o valor está em torno de R$ 30 mil por mês. Aí somam outros funcionários, servidores, a manutenção. Podemos ter uma economia de cerca de R$ 3 milhões. Hoje nossa pasta tem um déficit de R$ 100 milhões e muito serviço para realizar”, afirma.