
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investiga um novo caso suspeito de gripe aviária numa propriedade de subsistência localizada a 3 km do foco inicial da doença em Montenegro, no Rio Grande do Sul. As amostras colhidas no local foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas (SP), e o resultado preliminar deve ser divulgado até o fim desta segunda-feira (19).
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A propriedade está sob acompanhamento da Defesa Agropecuária, que já concluiu a vistoria em 29 das 30 propriedades dentro do raio de 3 km. Na zona de vigilância ampliada, que abrange 7 km a partir do foco, 238 das 510 propriedades também foram inspecionadas.
Apesar da suspeita, o Mapa afirma que a investigação não afeta o comércio internacional nem compromete a segurança dos alimentos inspecionados. A pasta reforça que ações como essa são parte da rotina da vigilância sanitária e demonstram a robustez do sistema brasileiro.
Na propriedade inicialmente atingida, as aves e ovos foram descartados, e o local a por desinfecção. Ovos incubáveis enviados pela granja contaminada a estabelecimentos em Minas Gerais, Paraná e no próprio Rio Grande do Sul foram completamente rastreados e estão sendo destruídos, como previsto no plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle, informou o Mapa.
Até o momento, cinco das sete barreiras de bloqueio para trânsito de animais e quatro das seis barreiras de desinfecção já foram instaladas. A previsão é de que todas estejam em operação até esta segunda-feira.
Tocantins
O ministério também acompanha outro caso suspeito no município de Aguiarnópolis, no Tocantins, onde amostras preliminares indicaram a presença do vírus Influenza A. No entanto, pelas características clínicas e laboratoriais, a chance de alta patogenicidade é considerada baixa.
O governo federal reforça que está adotando todas as medidas necessárias para conter a disseminação do vírus e garantir a proteção da avicultura nacional.
Santa Catarina
Santa Catarina é o único estado que faz divisa com o Rio Grande do Sul; há veto para a entrada dos ovos e aves do vizinho nas seguintes cidades, conforme a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc):
• Cachoeirinha
• Canoas
• Capela Santana
• Esteio
• Gravataí
• Montenegro
• Nova Santa Rita
• Novo Hamburgo
• Portão
• São Leopoldo
• Sapucaia do Sul
• Triunfo
A Cidasc informou que está autorizado o trânsito de agem por corredor sanitário de cargas de aves vivas de produção e ovos férteis oriundos do RS, desde que não tenham
origem nos municípios da lista acima. Neste caso, devem ser cumpridas todas as
exigências previstas de corredor sanitário.
Está autorizado o ingresso em SC de produtos de origem animal de aves, oriundos
do RS, exceto ovos comerciais provenientes dos municípios citados anteriormente, que compõem a zona de contenção do foco.