DENÚNCIA

Mulher morreu por negligência médica no Vale, denuncia família

Por Da redação | Bananal
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Kelsy Tamirez dos Santos tinha 37 anos
Kelsy Tamirez dos Santos tinha 37 anos

Uma mulher de 37 anos morreu na madrugada do último domingo (18), na Santa Casa de Cruzeiro, após vir transferida de Bananal em estado grave. A família denuncia que Kelsy Tamirez dos Santos, que era esposa e mãe de três filhos, foi vítima de negligência médica em Bananal.

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Após a denúncia, o prefeito da cidade, William Landim da Silva (Republicanos), afastou preventivamente o médico que atendeu a paciente e o secretário de Saúde de Bananal, enquanto o caso é investigado.

“Como medida imediata, determinei o afastamento do médico e do secretário de Saúde até a conclusão da apuração. A Prefeitura segue colaborando integralmente para que todos os fatos sejam esclarecidos”, disse o prefeito.

Segundo a família, Kelsy, que era diabética, ou mal na semana ada e procurou a unidade básica de saúde de Bananal, tendo sido medicada. Ela voltou para a casa e, no último sábado (17), voltou a ar mal e procurou novamente o pronto-socorro municipal. Na ocasião, ela foi levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), segundo a família.

“Ela não estava conseguindo andar direito, muito cansada. Chegando ao pronto-socorro, o médico diagnosticou que ela estava com uma pneumonia grave e a medicou. Ela estava com taquicardia. Ela foi medicada e mandada de volta para casa”, contou uma familiar de Kelsy.

Quadro grave.

No entanto, ela continuou ando mal e voltou ao pronto-socorro na noite de sábado, com um quadro ainda mais grave. Segundo a família, o médico da unidade não teria dado o e necessário para atender Kelsy. “Foi um caso de negligência com ela, porque o médico que a atendeu não soube dar o e para ela”, disse uma familiar.

“O monitor travou e o médico socou o monitor, falando assim: ‘Com esse monitor, até eu tô morrendo’. Ele não soube fazer a conduta médica. As enfermeiras foram muito atenciosas, tentaram ajudar no caso”, disse a familiar.

“Ele não tinha medicação que ele queria no momento. Mas tinha outra medicação que poderia reverter o quadro dela, porém, a conduta médica, ele não fez a conduta que deveria ter feito com a minha irmã”, afirmou a parente.

Transferência.

Sem melhorar, Kelsy foi transferida para a Santa Casa de Cruzeiro em estado gravíssimo. No caminho, segundo a família, ela teria tido problema com o oxigênio na ambulância. “O meu cunhado relatou que teve uma hora que o oxigênio estava soltando. Não estava dando vazão. O médico olhou e falou: ‘Deve ter acabado o cilindro de oxigênio’. Isso é ou não é uma negligência médica?”, questionou a familiar.

Ainda segundo a família, ao dar entrada em Cruzeiro, o médico que atendeu Kelsy teria dito que se tratava de um caso de negligência médica. “Eles encharcaram sua irmã de medicação sem necessidade”, disse o médico, de acordo com o relato da familiar.

Kelsy morreu na madrugada de domingo (18), às 3h54, após paradas cardíacas sucessivas. O atestado de óbito registra choque cardiogênico, sepse e diabetes como causas da morte. Ela era viúva do primeiro marido e casada pela segunda vez, com três filhos, de 2, 9 e 16 anos.

Justiça.

A família disse que quer justiça para a morte de Kelsy, que teria sido vítima de negligência médica. “A gente quer justiça. Não é a primeira vez que o hospital de Bananal faz essa negligência. A gente está recorrendo para todos os lados, porque a matéria já repercutiu. E amanhã a gente vai fazer uma manifestação”, disse a familiar.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito de Bananal disse que “tudo o que couber à istração pública será feito para apuração de todos os fatos e apoio à família. Estivemos com a mãe, o esposo e a irmã e ouvindo eles sobre o que aram naquele dia”.

William afirmou que depois de coletar todas as informações sobre o caso, o relatório será encaminhado ao Ministério Público e à Câmara de Bananal. “Não ficará nada impune. Quem for responsável será penalizado dentro do rigor da lei”, disse o prefeito.

O médico acusado de negligência não foi localizado para comentar a denúncia, tampouco o secretário de Saúde afastado. O espaço segue aberto.

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