
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal nessa quarta-feira (21), o ex-comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmou que Jair Bolsonaro foi informado da inexistência de fraude nas urnas eletrônicas antes do segundo turno de 2022, mas ainda assim pressionou para adiar a divulgação do relatório das Forças Armadas que atestava a segurança do sistema.
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De acordo com Baptista Júnior, Bolsonaro recebeu tal informação diretamente do então ministro da Defesa. “Sim, [ele foi informado] através do ministro da Defesa. Além das reuniões que mencionei, o ministro despachava sobre esse assunto”, declarou o militar ao ser questionado sobre o conhecimento do ex-presidente.
O brigadeiro também confirmou que houve tentativa de interferência na divulgação do relatório elaborado pelos militares. “Sim. O relatório foi entregue no dia 9. Eu ouvi que sim, que houve pressão para adiar a divulgação. Outras testemunhas poderão detalhar isso com mais precisão”, afirmou.
As declarações foram dadas durante as oitivas da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado, supostamente liderada por integrantes do governo Bolsonaro. O processo é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Baptista Júnior comandou a FAB durante a gestão Bolsonaro e foi arrolado como testemunha tanto pela acusação, representada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), quanto pela defesa de Bolsonaro, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, todos réus na investigação sobre a tentativa de golpe.
*Com informações do R7
Comentários
1 Comentários
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jaques campos 13 horas atrásO ex-presidente eh um golpista contumaz. Devia estar preso, desde que retornou ao pais, depois do 08/01. Esta perturbando a ordem publica e ameaçando a democracia diuturnamente.