'PRIVILÉGIO'

Trump proíbe Harvard de matricular novos alunos estrangeiros

Por | da Folhapress
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Reprodução/@WCVB/Youtube
Governo Trump diz que universidade fomenta violência no campus.
Governo Trump diz que universidade fomenta violência no campus.

O governo Trump proibiu a Universidade de Harvard de matricular novos estudantes estrangeiros. A proibição tem efeito imediato. "A certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio da Universidade de Harvard é revogada", escreveu a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, em uma carta à instituição, referindo-se ao principal sistema que permite aos estudantes estrangeiros estudar nos EUA.

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Governo Trump diz que universidade fomenta violência no campus. Em uma publicação na rede social X, Kristi Noem declarou que o governo "está responsabilizando Harvard por fomentar a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês em seu campus".
Secretária afirmou que matricular alunos estrangeiros é um "privilégio", não um "direito".

"Harvard teve muitas oportunidades de fazer a coisa certa. Mas recusou. Eles perderam a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio por não cumprirem a lei. Que isso sirva de alerta para todas as universidades e instituições acadêmicas do país", acrescentou Noem.

O cancelamento da certificação pode gerar graves consequências financeiras para Harvard. A universidade matricula quase 6.800 estudantes internacionais de um corpo discente de 24.596.

Ainda segundo o governo, os atuais estudantes internacionais de Harvard precisarão se transferir ou perderão seu status legal.

O porta-voz de Harvard, Jason Newton, chamou a ação do governo de "ilegal". "Estamos totalmente comprometidos em manter a capacidade de Harvard de receber estudantes e acadêmicos internacionais, vindos de mais de 140 países e que enriquecem imensamente a universidade - e esta nação", disse ele.

Corte bilionário

Governo já havia cortado US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões) em financiamento federal para Harvard. De acordo com a gestão de Donald Trump, o corte foi motivado porque ocorre discriminação no campus da universidade.

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