05 de junho de 2025
'EFEITO TIKTOK'

Fala de Lula e Janja azeda debate sobre regulação das redes 272g2o

Por |da Redação
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Reprodução/ Ricardo Stuckert / PR/Flickr
“Pedir que a autocracia chinesa envie um enviado especial para tratar de controle de redes é uma afronta à soberania brasileira”, diz deputado.

Ao pedir a interveniência de autoridades chinesas para discutir controle do TikTok, o presidente Lula e a primeira-dama Janja surpreenderam aliados e inflamaram a oposição, que agora vê como inviável avançar com qualquer proposta de regulamentação de redes sociais no Congresso. 4s5r5w

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Parlamentares da oposição reagiram com indignação às declarações de Lula e Janja feitas em Pequim, durante encontro com o presidente Xi Jinping, e avaliaram que o episódio cria uma “crise política e diplomática” que deverá paralisar o projeto de regulação das redes sociais.

Na terça-feira (13), após Janja mencionar os “efeitos nocivos” do TikTok ao lado de Lula diante do líder chinês, o deputado Mendonça Filho (União-PE) anunciou a intenção de convocar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Para ele, “pedir que a autocracia chinesa envie um enviado especial para tratar de controle de redes é uma afronta à soberania brasileira”.

O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) classificou o episódio como “mais uma humilhação internacional” e alertou que o clima no Parlamento tornou-se “inviável” para qualquer avanço. Integrantes do Centrão ouvidos reservadamente afirmam que, com a proximidade das eleições, “não há ambiente para discutir regulação de conteúdo em plataformas digitais”.

O projeto de lei das fake news (PL 2630), que tramita na Câmara desde 2020, já está estagnado há dois anos. Governistas sugeriam aproveitar a instalação da comissão sobre inteligência artificial para separar temas, mas a oposição diz que “tudo ficou contaminado” pelas falas de Lula e Janja.

A ofensiva chinesa complicou ainda mais uma pauta considerada estratégica para o combate à desinformação no Brasil.

*Com informações do G1