Jorge, morador do Distrito Federal, teve de ar por duas cirurgias de reconstrução peniana após complicações causadas por aplicações de PMMA, substância usada para aumentar o órgão sexual. O caso ilustra os riscos por trás da crescente busca pela chamada "harmonização peniana", procedimento estético que promete aumentar o pênis, mas que pode ter sérias consequências. lr4n
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Influenciado por propagandas, Jorge fez três aplicações de PMMA no pênis ao longo de 13 anos. Após a última, começou a sofrer inflamações recorrentes e feridas graves, que quase o levaram à perda do órgão. A remoção da substância e a reconstrução exigiram duas cirurgias, informou a BBC.
Especialistas apontam que procedimentos como o de Jorge tornaram-se mais comuns com a popularização da "harmonização peniana", divulgada amplamente nas redes sociais. As técnicas incluem desde cirurgias até o uso de ácido hialurônico, que, diferentemente do PMMA, é absorvível e mais seguro, quando feito por profissionais capacitados.
Embora indicadas em casos específicos, como micropênis ou excesso de gordura na região púbica, as intervenções são frequentemente motivadas por questões estéticas e de autoestima masculina. Médicos alertam para os riscos de complicações graves quando realizadas sem orientação adequada e destacam a importância de avaliar questões de saúde mental, como a dismorfia corporal, antes de optar pelo procedimento.