
O empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, morreu durante a realização de um exame de ressonância magnética na cabeça, em uma clínica localizada no bairro Vila Mathias, em Santos. O exame foi solicitado por um médico para investigar sintomas de sonolência excessiva que Jardim apresentava nos últimos dias. A morte, ocorrida na última terça-feira (22), está sob investigação, e a família aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa exata.
A esposa de Fábio, a comerciante Sabrina Altenburg Penna, de 44 anos, acompanhou o marido até a unidade de diagnóstico por volta do meio-dia, horário em que o exame estava marcado. Segundo ela, houve um atraso no atendimento, e Fábio só foi chamado para a sala de exames por volta das 14h. A comerciante afirmou que seu esposo não se queixou de fome, mesmo após ar oito horas em jejum, aguardando com calma pelo atendimento.
Sabrina relata que deixou a clínica para almoçar nos andares inferiores do prédio assim que o marido iniciou o exame, retornando cerca de 30 minutos depois. Ela afirma ter perguntado a uma funcionária sobre o estado de Fábio e que foi tranquilizada com a informação de que ele estava "agitado, mas bem". Entretanto, momentos depois, a comerciante notou uma movimentação incomum no interior da clínica, o que aumentou sua apreensão.
Em seu relato, Sabrina conta que, após cerca de 40 minutos de espera e angústia, viu profissionais do Samu se dirigirem à sala de ressonância. "Quando os médicos do Samu abriram a porta, vi meu marido deitado e uma pessoa realizando massagem cardíaca nele", afirmou.
A tentativa de reanimação foi em vão, e Fábio foi declarado morto. De acordo com Sabrina, uma médica da clínica informou que ele teria sofrido um infarto fulminante. Contudo, o laudo preliminar emitido pelo Serviço de Verificação de Óbito em Santos apontou "morte suspeita" e solicitou o encaminhamento do corpo ao IML para exames necroscópico e toxicológico.
O documento do SVO menciona a "exposição a outras drogas, medicamentos e substâncias biológicas, não especificadas" e destaca a necessidade de um exame mais detalhado para elucidar o caso. A polícia foi chamada ao local, e Sabrina foi à delegacia para registrar o ocorrido, enquanto aguarda respostas sobre a causa da morte do marido.