
Luana Rabello, mais conhecida como “Mulher-Gato”, voltou ao centro das atenções após reivindicar, publicamente, parte da herança do traficante Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, morto em confronto com o Bope na última terça-feira (13), no Morro do Timbau, no Rio de Janeiro. TH era apontado como um dos chefes da facção criminosa Terceiro Comando Puro e figurava entre os criminosos mais procurados do estado.
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Travesti conhecida por sua atuação nos bailes funks do Complexo da Maré, Luana foi às redes sociais afirmar que mantinha com TH mais do que um relacionamento amoroso: segundo ela, havia uma relação de cumplicidade, proximidade e até envolvimento na rotina do líder do tráfico. “Fiz parte da caminhada dele. Não vou ficar de mãos abanando agora”, declarou em vídeo.
A declaração causou repercussão, principalmente pelo histórico de Luana. Em 2021, ela foi presa pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Rio, acusada de furtos e roubos. Na ocasião, já acumulava 24 agens pela polícia. À época, era conhecida por oferecer serviços sexuais a traficantes durante os bailes da comunidade e por estar envolvida em desentendimentos com outras mulheres ligadas ao crime organizado.
Em São José
Além da polêmica com a suposta herança do traficante, Luana também é investigada por uma série de golpes registrados em São José dos Campos. De acordo com o 1º Distrito Policial da cidade, ela liderava um grupo criminoso que agia principalmente entre as avenidas Nelson D’Ávila e João Guilhermino, áreas conhecidas por pontos de prostituição.
O esquema, conforme apurado, envolvia o aliciamento de motoristas por meio de abordagens de garotas de programa. As vítimas eram convencidas a realizar pagamentos antecipados por serviços que não seriam prestados. Em alguns casos, a quadrilha utilizava violência ou ameaças para efetuar roubos. Um dos crimes resultou no furto de aproximadamente R$ 90 mil em criptomoedas, enquanto outra vítima relatou um prejuízo de R$ 770 em transações feitas no cartão de crédito.
A atuação da “Mulher-Gato” na cidade ganhou notoriedade em fevereiro, quando câmeras de segurança registraram parte das ações criminosas. Desde então, Luana estaria se escondendo no estado de São Paulo, mas, segundo a investigação, ainda viajava com frequência a São José para coordenar os delitos.