
Treze pessoas, entre familiares e pessoas próximas a João Aparecido Ferraz Neto, o traficante João Cabeludo, de São José dos Campos, tornaram-se rés por organização criminosa e lavagem de dinheiro após denúncia oferecida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
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A decisão é da 3ª Vara Criminal de São José dos Campos. O despacho judicial com a decisão foi publicado na última segunda-feira (19).
As investigações que embasam a ação penal ocorreram em parceria com o Seccold (Setor de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) da Polícia Civil. Os acusados foram alvos da Operação Dalila, que já viabilizou a apreensão de carros, imóveis e joias avaliados em cerca de R$ 52 milhões.
Ainda segundo o apurado, João Cabeludo tem usado familiares e empresários para lavar dinheiro do crime organizado. Líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e um dos criminosos mais procurados do país, ele se encontra foragido há quase 20 anos e estaria se escondendo na Bolívia.
A denúncia aponta a compra de carros e a locação de imóveis não declarados à Justiça. O Poder Judiciário determinou medidas cautelares aos denunciados, incluindo monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar noturno e suspensão do porte de armas.
Traficante.
Com quase 70 anos, João é um dos "chefões" do PCC. Ele é acusado de crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele teve envolvimento em roubos a carros fortes e é apontado como o principal traficante de drogas da região pela polícia.
João cabeludo foi condenado a mais de 500 anos de prisão e está foragido desde 2002. Seus filhos, que também tiveram envolvimento na organização criminosa, já foram mortos. Erik da Silva Ferraz foi morto em ação policial em 2017, na cidade de Maceió. João Paulo Ferraz, o "Tuco", foi executado em 2013 em Jacareí.