A empresa responsável pela coleta de lixo em Jacareí demitiu 240 trabalhadores. Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (2), na portaria principal da empresa, os trabalhadores decidiram manter o trabalho até a terça-feira (3). Mas caso a empresa não volte atrás nas demissões, uma greve será iniciada na quarta-feira (4). f2sb
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A reunião desta manhã foi conduzida pelo presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, Ronaldo Costa, o Ripa, e por Isabel Estevam, presidente do Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços).
Na assembleia, os sindicatos colocaram a situação da coleta de lixo em Jacareí e exigiram que a empresa “rasgue as demissões”.
Uma reunião entre o prefeito de Jacareí, Celso Florêncio (PL), o presidente da empresa Ambiental e os sindicatos está agendada para 10h desta segunda-feira, no Paço Municipal. No encontro, as partes irão discutir um acordo para evitar a paralisação dos serviços de coleta de lixo e limpeza urbana em Jacareí.
A Ambiental conta com cerca de 600 funcionários em Jacareí. Com a demissão de 240 trabalhadores, a empresa vai ter metade da mão de obra para atender a cidade, na coleta de lixo e limpeza urbana.
A decisão da empresa pegou o poder público de surpresa e a coleta de lixo pode entrar em colapso na cidade. Em janeiro, quando assumiu o mandato, Florêncio enfrentou greve dos trabalhadores e o lixo se acumulou nas ruas.
Na última sexta-feira, cerca de 240 trabalhadores da Ambiental foram comunicados da demissão, devendo cumprir aviso prévio de 30 dias.
De acordo com a empresa, em resposta à notificação feita pela Prefeitura de Jacareí, a Ambiental esclareceu que “a decisão de desligamento dos funcionários foi tomada exclusivamente em razão desse poder concedente (Prefeitura de Jacareí) de reter valores significativos das notas fiscais devidas, o que – conforme exposto várias vezes pela concessionária em correspondências anteriores – afetou diretamente a saúde financeira da empresa, criando um cenário insustentável de manutenção do contrato vigente”, apontou a empresa.
A Ambiental ainda ressaltou na notificação que a “verdadeira escolha desse poder concedente (Prefeitura)” é “causar o estrangulamento financeiro da concessionária (Ambiental)” o que “configura não apenas o inadimplemento contratual, mas também uma conduta lesiva a continuidade do serviço público essencial, forçando a empresa a adotar medidas drásticas de ajuste operacional – como o desligamento de pessoal”.
Por fim, a empresa ainda frisou que está disposta a adotar medidas conjuntas, desde que “haja a imediata regularização dos pagamentos devidos” pela Prefeitura.