ARTIGO

Por mais amor, justiça, direitos e solidariedade


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Não poderia iniciar esse artigo sem me referir à eleição do novo Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Com 89 dos 133 votos do Conclave, o cardeal estadunidense Robert Prevost se tornou o Papa Leão XIV, aos 69 anos.

Nascido em Chicago, Illinois, o novo Papa foi missionário no Peru e, por isso, é chamado de “pastor de duas pátrias”. Próximo do Papa Francisco, espera-se que Leão XIV continue trilhando o mesmo caminho de seu antecessor, imprimindo uma marca humanista, progressista, solidária e generosa à Igreja Católica.

Sim, o mundo precisa muito desse olhar e desse comprometimento com a paz, com a justiça social, com a proteção aos oprimidos e àqueles que sofrem, diante da fome da desigualdade, dos conflitos armados, do genocídio que ocorrer na Faixa de Gaza e tantos outros fatos que requerem não apenas nossas orações, mas a ação de cada um e cada uma de nós, que nos preocupamos com o futuro do planeta e da humanidade.

Longa vida ao novo Papa. Oro a Deus e à Nossa Senhora Aparecida pela sua saúde e para que faça um excelente pontificado.

Quero falar também da luta dos professores, das professoras, de todos os trabalhadores da Educação e do conjunto dos servidores públicos estaduais por melhores salários e condições de trabalho, para que possam prover ensino e atendimento de qualidade aos filhos e filhas da classe trabalhadora e à população em geral.

O governador Tarcísio de Freitas enviou o Projeto de Lei Complementar 12/2025 para a Assembleia Legislativa, concedendo reajuste de 5% para o funcionalismo. É insuficiente. No caso dos professores e das professoras, apenas o reajuste do piso nacional neste ano foi de 6,27%. É o mínimo que podemos almejar, se considerarmos que a inflação acumulada desde o último reajuste de 8,5% e que as perdas relacionadas com a não equiparação dos salários com a média salarial dos demais profissionais com nível superior (meta 17 do Plano Nacional de Educação e do Plano Estadual de Educação) chega a 41,3% e que chega a 87% a defasagem entre os salários base o piso salarial nacional desde 2009.

O magistério paulista está lutando e essa luta vem obtendo resultados parciais. O próprio envio do projeto só ocorreu porque houve greve no dia 21 de março e houve greve em 25 de abril. Também foi criada uma mesa técnica para reavaliar o processo de atribuição de aulas, que já está se reunindo. A mesa permanente de valorização docente, que discutirá a carreira do magistério visando melhorá-lo, em breve será nomeada e iniciará suas reuniões. A reposição das aulas relativas às duas datas mencionadas foi autorizada e datas anteriores serão negociadas.

Sempre digo que lutar vale a pena e que só a luta traz conquistas. Claro, nossa pauta de reivindicações é extensa e requer muita luta, mas foi a mobilização que obrigou este governo a criar canais de negociação. E não vamos desistir da luta contra a privatização das escolas e contra a implementação deste autoritário modelo de escolas cívico-militares, que em nada irá colaborar para melhorar a aprendizagem de nossos estudantes. Não é disciplina de quartel que melhora o ensino, e sim a valorização dos professores e a garantia de boas condições de trabalho.

Quero, finalmente, cumprimentar todas a mães pelo seu dia. Sinto-me feliz e realizada ao lado de minha filha Maria Manoela e é assim que gostaria que todas as mães se sentissem. Sei das enormes dificuldades que milhares de mães enfrentam para criarem seus filhos e filhas e quero aqui reiterar toda a minha solidariedade com todas elas, reafirmando que nosso mandato trabalha para que todas as famílias tenham qualidade de vida e direitos. Que neste Dia das Mães prevaleça a felicidade e o sorriso no rosto de todas nós e que venham dias sempre melhores.

Professora Bebel é Deputada Estadual – PT e segunda Presidente da APEOESP.

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