
A Raízen, empresa de energia integrada controlada pela Cosan e licenciada da marca Shell no Brasil, encerrou o quarto trimestre fiscal com um prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões — valor quase três vezes maior que os R$ 879 milhões negativos registrados no mesmo intervalo do ano anterior.
O resultado veio acompanhado de projeções para o ano-safra 2025/26, divulgadas nesta semana. Entre os destaques estão os planos para investir entre R$ 9 bilhões e R$ 9,8 bilhões, após um aporte de R$ 11,91 bilhões no ciclo anterior. A companhia também espera reduzir e otimizar estruturas, com economia estimada em R$ 500 milhões no período. A moagem de cana deve ficar entre 72 e 75 milhões de toneladas, já descontada a fatia da operação recentemente desinvestida.
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Mesmo com uma receita líquida de R$ 57,7 bilhões no trimestre encerrado em março — alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2023 —, a companhia viu seu Ebitda ajustado despencar 53,3%, totalizando R$ 1,72 bilhão. O desempenho veio bem abaixo das expectativas do mercado: analistas consultados pela LSEG projetavam Ebitda de R$ 3,47 bilhões e receita de R$ 58,8 bilhões.
No balanço, a Raízen atribuiu a queda principalmente à redução nas vendas de combustíveis e açúcar próprio, além da menor contribuição de operações de trading, que impactaram diretamente as margens. A empresa também ressaltou que o mesmo período do ano anterior teve base comparativa favorecida por créditos fiscais e margens mais robustas na comercialização de combustíveis, açúcar e bioenergia.