Espasmos involuntários nas pálpebras, conhecidos como mioquimia palpebral, têm sido relatados com frequência em ambientes de trabalho e situações de alta demanda mental. O fenômeno, geralmente ageiro, pode estar relacionado ao estresse, cansaço ou exposição prolongada a telas. 2k35
Segundo o neurologista Guilherme Olival, o sintoma ocorre por causa de impulsos nervosos intensificados em períodos de tensão. A contração muscular na região dos olhos é uma resposta comum do organismo sob pressão. A utilização contínua de dispositivos eletrônicos também pode contribuir para esse tipo de espasmo.
A mioquimia costuma ser considerada um quadro benigno, sem relação com doenças neurológicas mais graves. No entanto, há situações em que a persistência ou intensidade do tremor pode indicar a necessidade de avaliação médica. Entre os sinais de atenção estão episódios que duram vários dias, atingem outras partes do rosto ou interferem em atividades diárias.
Casos mais prolongados podem estar associados a condições como a síndrome de burnout ou transtornos de ansiedade. De acordo com especialistas, esses quadros têm se tornado mais frequentes em contextos de sobrecarga profissional e privação de descanso.
Medidas simples, como estabelecer pausas regulares durante o uso de telas, manter uma rotina de sono adequada e reduzir a exposição a fatores estressantes, podem contribuir para a redução dos episódios. Atividades como exercícios respiratórios, alongamentos e práticas de atenção plena também são indicadas como formas de controle.
Em situações em que os espasmos oculares persistem ou se tornam mais intensos, a orientação é procurar um neurologista para investigação adequada.