Em 24 de março, Ednaldo Rodrigues foi eleito por aclamação para mais um mandato de Presidente da CBF, entidade que comanda o futebol brasileiro.
O Colégio Eleitoral que escolhe o presidente é formado pelos presidentes das 27 Federações Estaduais (o voto das Federações tem peso 3), dos 20 Clubes da Série A (o voto tem peso 2) e dos 20 Clubes da Série B (o voto tem peso 1).
Na semana ada, menos de dois meses após a sua eleição por aclamação, Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Ednaldo foi acusado de ter falsificado a de um dos componentes da sua chapa.
O presidente interino, Fernando Sarney, convocou nova eleição para o próximo domingo, dia 25. De acordo com o novo estatuto da CBF, para o registro da chapa ser aceito é necessário o apoio formal de 8 Federações Estaduais e de 5 clubes. Uma única chapa foi registrada e tem como presidente Samir Xaud, que é filho do presidente da Federação de Roraima.
Fazem parte da chapa de Samir Xaud como vice-presidentes, os presidentes das Federações do Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina e Distrito Federal.
Todos os Estados representados na chapa são completamente inexpressivos no futebol brasileiro. O Estado do presidente da chapa, Roraima, possui 1 time que disputa a Série D, a quarta Divisão do Campeonato Brasileiro.
Esta manobra política dos presidentes das Federações Estaduais impediu que o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, registrasse a sua chapa.
Reinaldo tinha o apoio de 32 times que disputam as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Os clubes que aderiram ao movimento das Federações e que boicotaram a articulação dos clubes são os seguintes: Série A: Palmeiras, Botafogo, Vasco e Grêmio.
Série B: Amazonas, Paysandu, Criciúma, Volta Redonda.
Este desfecho que coloca o comando da CBF, entidade que istra a única Seleção 5 vezes campeã do mundo, na mão de dirigentes de Federação de Estados sem a menor representatividade no Futebol Brasileiro é um grande absurdo. É também um desrespeito ao torcedor brasileiro.
Os responsáveis por esta escolha, presidentes das Federações Estaduais, exceto o presidente da Federação Paulista, e os presidentes dos 8 clubes que aderiram ao "pacto" precisam ser cobrados por suas decisões.