OPINIÃO

Jundiaí: a metrópole da nova década


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Nos últimos quarenta anos Jundiaí, conseguindo sanar suas deficiências crônicas de abastecimento de água, saneamento básico e qualidade do ensino, deu um salto em seu desenvolvimento.

Em consequência dessa infraestrutura, aliada ao nosso posicionamento numa das regiões que mais se desenvolve no País, a cidade avançou de forma consistente, atraindo nesse período investidores, novas empresas - muitas delas atuando em áreas de ponta -, expandindo com isso nossa participação no mercado nacional e mundial.

Então está tudo cor de rosa? Hoje, mesmo com a qualidade do nosso saneamento básico, do nosso abastecimento de água e de equipamentos de lazer, como o Parque da Cidade, assim como a preservação do patrimônio ecológico - a Serra do Japi, - o jundiaiense tem uma série de queixas que vão desde a dificuldade do trânsito a problemas relacionados à segurança.

O que fazer? Como atender essa demanda crescente? Não há senão uma solução: continuar avançando na nossa trajetória de desenvolvimento, garantindo com isso recursos para atender essas carências.

Temos, nesse sentido, uma boa perspectiva com o andamento da proposta de um novo trem ligando São Paulo a Campinas, com uma parada em Jundiaí, que irá promover diversos impactos positivos, fomentando com isso o desenvolvimento da nossa região.

O novo trem vai permitir deslocamentos em cerca de uma hora entre SP e Campinas, com parada estratégica em Jundiaí. Isso facilita o fluxo de trabalhadores qualificados, novos negócios e eventos acadêmicos e tecnológicos. Com o novo trem pode-se criar um verdadeiro corredor de inovação e desenvolvimento, como o Vale do Silício americano tem em relação a São Francisco, San José e Palo Alto.

Essa nova linha irá integrar o maior centro financeiro da América Latina - São Paulo - a um polo de inovação como a Unicamp, conectada com centros de pesquisas de ponta, permitindo a Jundiaí fazer parte de um importante eixo logístico e industrial.

Em termos econômicos, nossa cidade pode se beneficiar significativamente, podendo atrair mais investimentos, permitindo o aos recursos necessários para fazer nossa cidade avançar em seu desenvolvimento e qualidade de vida.

Além disso, a melhoria na infraestrutura de transporte tende a reduzir o congestionamento nas estradas e diminuir a emissão de poluentes, o que é positivo para a qualidade de vida dos moradores.

A região formada por São Paulo, Jundiaí e Campinas conectada por esse novo trem, tem tudo para se tornar uma das regiões mais dinâmicas e integradas do Brasil. Somando os PIBs dessas cidades, a região alcança aproximadamente R$ 943,15 bilhões.

Em resumo, essa nova região, com essas inovações, estará posicionada para se consolidar como o principal polo econômico da América Latina.

A inclusão de Jundiaí nesta iniciativa, que deverá contribuir sobremaneira para o nosso País avançar, é antes de tudo um reconhecimento da qualidade alcançada por nossa cidade em seu desenvolvimento nas últimas décadas.

Para continuar nessa rota, da “cidade das antenas” para a Jundiaí de hoje, precisamos manter, agora - como no ado - o olhar voltado para o futuro.

Miguel Haddad é ex-prefeito de Jundiaí e ex-deputado federal

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